Com três indicações ao Grammy, Rocky Dawuni explora as raízes africanas no Brasil em conexão com a África no clipe de “Shade Tree”

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Canção integra o novo álbum do artista, que chega às plataformas em 2024; vídeo mostra detalhes do dia a dia do brasileiro, em Salvador, incluindo passagens pelo Pelourinho e uma feira livre

Um dos países mais miscigenados de todo o planeta, o Brasil é berço de grandes nomes e conhecido por sua diversidade cultural. Com dimensões continentais, a nação atrai olhares externos por conta de suas particularidades e lugares únicos. Para o músico internacional, compositor, produtor e ativista, Rocky Dawuni, o Estado é um local de exposição de muita arte, cultura e resistência. Explorando as peculiaridades e mazelas brasileiras, o artista elegeu Salvador, na Bahia, como o cenário de seu novo clipe, “Shade Tree”. No vídeo, o artista explora locais importantes das artes no Brasil.

Nascido em Gana, na África Ocidental, Rocky Dawuni, três vezes indicado ao Grammy, elegeu o Brasil como o cenário para o clipe da faixa. Por sua vasta conexão com diversas culturas, o local foi a escolha certa. “Salvador, Bahia, foi o cenário perfeito para o vídeo da música ‘Shade Tree’, pois a cidade cresceu a partir da presença de todos os africanos trazidos para cá, que se encontraram e criaram esse incrível núcleo da cultura afrodescendente, um ‘pé de sombra cultural’ moderno que liga a África à Diáspora Africana e ao resto do mundo.”, explica o artista.

Fã de música brasileira, Rocky Dawuni viu na vinda ao Brasil a possibilidade de explorar as características culturais. Na Bahia, berço do país e primeira capital da nação, quando os colonizadores portugueses chegaram para explorar nossas riquezas, Salvador é uma cidade que respira história, cultura e acima de tudo, resistência, tendo diversas ligações com a África. “Vejo o Brasil como uma cultura muito sofisticada, formada por raízes tão diversas, mas para mim, isso me proporciona uma oportunidade de me enriquecer culturalmente. Como em muitos lugares, entendo que há muitas questões relacionadas à raça e à classe social lá. Vindo de Gana, não crescemos com o racismo, mas crescemos com o classicismo. No entanto, após viajar pelos Estados Unidos, Europa, Austrália e outros lugares, estou muito ciente do racismo, bem como do classicismo em escala global. Sou sempre um aprendiz e estou aberto a passar mais tempo no Brasil e aprender mais”, relata o cantor.

Com direção de Ema Ribeiro e produção da Acessos Produtora, o clipe de “Shade Tree” é um arauto de celebrações, seja no âmbito histórico, cultural ou de resistência. E a escolha da profissional para a direção está completamente atrelada à questão, segundo Dawuni. “A razão pela qual trabalhei com a Ema é porque, para mim, ela representa uma das diretoras femininas mais promissoras e inovadoras que emergem do Brasil hoje. Além disso, como ela é residente de Salvador, sua visão e perspectiva cinematográficas foram ativos inestimáveis para projetar a visão global da música”.

Em sua primeira vez no Brasil, Rocky Dawuni viu nesta, a oportunidade de se conectar e aprender, não apenas com a população nativa, mas explorar ainda mais a cultura do país. “Sempre quis ir ao Brasil, pois adoro a música brasileira, incluindo Carlinhos Brown, Seu Jorge e muitos outros. Também admiro muitos escritores brasileiros, como Paulo Coelho. Além disso, no que diz respeito ao futebol, o Brasil é o epicentro. Eu vejo o Brasil como uma cultura muito sofisticada, formada por raízes tão diversas, mas, para mim, isso me proporciona uma oportunidade de me enriquecer culturalmente”, revela.

Para ilustrar o lançamento, o artista escolheu as ruas de Salvador, na Bahia, como cenário do clipe, remontando a locais únicos e conhecidos por serem locais de resistência da população negra no Brasil, como o Pelourinho. A canção se baseia no conceito da árvore que fornece sombra para todas as várias “tonalidades” da humanidade. É um ponto de convergência e um oásis para todas as pessoas. A árvore de sombra é onde conflitos e desacordos podem ser resolvidos; ela fornece “abrigo da chuva”, que é compartilhado por todos. A humanidade compartilha esse destino comum porque somos natureza, e nosso destino está intimamente entrelaçado uns com os outros e com toda a vida, assim como as raízes da árvore. Sob a árvore, somos uma comunidade em nossa individualidade.

Como diz a letra, “somos um, mas não somos iguais”. Assim como as folhas da árvore, não somos todos iguais, representamos diferentes texturas, cores e tonalidades, mas todos compartilhamos as mesmas raízes. A canção é a perspectiva de uma alma solitária em busca de conexão e comunidade, que é encontrada em várias manifestações da vida cotidiana, onde as pessoas se reúnem, celebram e encontram conexão a partir do isolamento. Em um momento em que a África está despertando para novas realidades políticas e o mundo está lidando com divisões geopolíticas mais amplas, esta é uma canção comovente que lembra as pessoas de nossa humanidade compartilhada.

O som único de “Shade Tree” de Rocky Dawuni mistura Roots Reggae, Afrobeat, Highlife, Soul, Pop e muito mais.

Sobre Rocky Dawuni

Nascido em Gana, na África Ocidental, Rocky Dawuni alcançou fama mundial com seu trabalho, que o fez dividir palco com alguns dos maiores nomes da música mundial como Stevie Wonder, Ozomatli, Peter Gabriel, Angelique Kidjo e muitos outros.

Nomeado um dos 10 maiores astros globais da África pela CNN, tendo mostrado seu talento em locais prestigiosos como o Kennedy Center, Lincoln Center e o Hollywood Bowl, nos Estados Unidos, Rocky utiliza sua fama para impulsionar diversas causas sociais. Ativista dedicado, atua como Embaixador da Boa Vontade da ONU para o Meio Ambiente na África e é Embaixador Global do Dia Mundial da Cultura Africana e Afrodescendente, além de liderar sua própria Fundação Rocky Dawuni. Através dessas e de outras designações, ele usa sua música para lançar luz sobre questões cruciais enfrentadas pela humanidade em todo o mundo, por meio de shows ao vivo, palestras, painéis, empoderamento da juventude e muito mais.

“Shade Tree”, escrita por Rocky Dawuni, conta com a produção adicional do engenheiro e músico extraordinário nomeado ao GRAMMY, Anthony Brewster, bem como do renomado engenheiro Michael Vail Blum. A canção foi mixada pelo engenheiro e produtor vencedor de vários GRAMMYs, Qmillion, também conhecido por seu trabalho nos álbuns “Black Radio” de Robert Glasper, Seun Kuti e outros. Com influências diversas e estilos vocais que às vezes lembram cantores clássicos de soul como Curtis Mayfield e D’Angelo, com uma abordagem de produção que mescla elementos de Hip Hop, Reggae e comentários sociais emocionantes, “Shade Tree” mantém as coisas em movimento com seu irresistível groove consciente, anunciando um novo mundo de esperança.

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