Volta às aulas: dicas para tornar o retorno dos estudantes mais tranquilo

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Trabalho deve ser conjunto entre os pais, professores e escola, de acordo com a psicopedagoga e conselheira da Escola Atuação, de Curitiba

Todo mundo passa por isso. Acabam as férias, as horas livres para brincadeiras, viagens e outras atividades de lazer precisam voltar a ser ocupadas pela rotina de sala de aula e estudos. O momento pode ser desafiador e não só para os estudantes, mas também para os pais e professores. Existem formas de driblar os problemas e ter uma volta às aulas mais tranquila?

Esther Cristina Pereira, psicopedagoga e conselheira da Escola Atuação, de Curitiba, acredita que sim. Segundo ela, esse é um trabalho que deve acontecer em parceria e começar ainda em casa. “É importante, já alguns dias antes do início das aulas, que os pais comecem a adaptar, de forma gradativa, os horários de dormir e acordar e das refeições, além de limitar o uso de aparelhos eletrônicos das crianças e adolescentes”, orienta.

Passado o primeiro desafio de voltar ao ritmo, entram em cena os professores e as instituições de ensino, com o trabalho de acolhimento e readaptação ao ambiente. “O acolhimento é algo muito sensível a cada ser humano”, diz Esther. “Por isso, as maneiras de adaptar precisam ser diversas e com olhar afetuoso, para que todos aos poucos percebam o lugar seguro que estão”, completa.

Entre as ideias para uma primeira semana de volta às aulas, a especialista sugere a distribuição de algo divertido como pipoca colorida para levar para casa, atividades mais lúdicas, atividades na piscina, o que a estrutura permitir. Para os adolescentes, diálogos, rodas de conversa e diferentes atividades físicas. O importante, segundo ela, é aos poucos deixar todos bem consigo e com os que estão ao seu redor. “Criança é tudo de melhor, a interação ocorre por osmose”, brinca.

Escola nova, desafio dobrado

Quando a volta às aulas acontece em um ambiente totalmente diferente ao que o estudante está acostumado, a atenção deve ser um pouco maior. Esther lembra que são muitas emoções em jogo – desde o pânico, a alegria, o receio, até a ansiedade. “Além da adaptação a este espaço, aos novos colegas, existe também a aceitação do estudante novo neste ambiente já conhecido pelos estudantes antigos”, explica.

Nesse momento, cada escola tem uma forma de pensar, reforça a especialista. Mas pode ser interessante, de acordo com ela, enfeitar o espaço para deixá-lo ainda mais atrativo, trazer apresentações, oferecer lanches diferentes, permitir – dependendo da idade do estudante – a permanência da família e, até mesmo, ter um tempo reduzido de permanência nos primeiros dias. Para os alunos menores, uma das dicas é aproveitar as colônias de férias para iniciar a adaptação à instituição.

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