Criar núcleos de apoio psicológico pode salvar vidas
A saúde mental no ambiente de trabalho tornou-se uma preocupação crescente nos últimos anos, especialmente após a pandemia de Covid-19, que levantou questões sobre a desconexão física e emocional. A especialista em psicologia organizacional Camille Holmer, fundadora da Priorize Gestão Estratégica de Pessoas, explica que o novo cenário afeta a maneira como as pessoas se relacionam no trabalho:
“Dentro das organizações, a sensação de isolamento frequentemente decorre da falta de identificação com a cultura corporativa ou com os colegas. Quando não há diversidade e inclusão, a saúde mental dos colaboradores pode ser severamente impactada, gerando um ambiente hostil “, destaca.
As mentorias e treinamentos para aprimorar as habilidades de comunicação e promover a empatia fazem com que os gestores trabalhem em questões emocionais e desenvolvam o autoconhecimento:
“Se não temos alguém que nos ajude a nos entender, isso se torna uma tarefa árdua. As empresas devem implementar núcleos de apoio psicológico que ofereçam segurança e suporte contínuo para que todos possam falar sobre si mesmos sem medo de serem vistos como problemáticos. Há uma tendência a rotular quem busca ajuda, gerando preconceitos e concepções negativas sobre saúde mental”, afirma.
Ao promover práticas que apoiem a saúde física e psicológica, as organizações melhoram a qualidade de vida no trabalho e ajudam a salvar vidas. Uma abordagem proativa transforma a cultura organizacional: “Promover um ambiente saudável é fundamental. As empresas ganham com a produtividade dos colaboradores e, consequentemente, impulsionam os lucros. Ou seja, é uma dinâmica extremamente positiva”, conclui Holmer.
