Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que existam mais de 2 milhões de pessoas com TEA no Brasil.
Para Dr. Matheus, é essencial entender que o TEA não é uma escolha ou uma característica desejável, mas sim uma condição que pode gerar prejuízos constantes na vida dos pacientes. As pessoas com TEA podem enfrentar desafios na comunicação verbal e não verbal, na compreensão de pistas sociais e na adaptação a mudanças em suas rotinas.
O neurologista, que dedica sua carreira para TEA em adultos, enfatiza ainda que esses desafios podem afetar sua capacidade de formar relacionamentos, alcançar independência e ter sucesso acadêmico e profissional. Muitos, inclusive, estão desempregados. Além disso, o autismo também pode se relacionar com problemas sensoriais, ansiedade e outras condições de saúde mental.
“Devemos destacar a importância do diagnóstico precoce, da intervenção adequada e da inclusão social”, destaca o neurologista..
Trilico alerta para evitar a romantização do TEA. Frases como “o autismo é um superpoder” ou “pessoas com autismo são gênios” podem ser prejudiciais, pois minimizam os desafios reais enfrentados por essa população. Embora algumas pessoas com TEA possam ter habilidades excepcionais em áreas específicas, isso não é uma regra e não diminui as dificuldades que elas enfrentam em outras áreas da vida.
A proposta do neurologista é, em vez de romantizar o TEA, oferecer apoio e criar um ambiente mais inclusivo e acolhedor para as pessoas com essa condição. Isso inclui a promoção de políticas públicas que garantam o acesso a serviços de diagnóstico, tratamento e suporte, bem como a conscientização sobre a importância da neurodiversidade no local de trabalho e na comunidade em geral.
“Somente através da conscientização e da ação podemos fazer a diferença na vida das pessoas com Autismo e garantir que elas tenham as mesmas oportunidades de sucesso e felicidade, que todos merecem”, finaliza o Dr. Trilico.