André Pimentel
No mês passado completei mais um ano de vida e ao expressar minha gratidão às inúmeras mensagens
recebidas, pude perceber quanto interesse desperta uma publicação de cunho pessoal frente a inúmeras postagens corporativas, por mais elaboradas e sofisticadas que sejam.
As pessoas são naturalmente atraídas por narrativas que refletem suas próprias experiências, emoções e desejos. Um post que conta a história de um indivíduo ou de uma família traz consigo uma camada de autenticidade e veracidade que é difícil de replicar em conteúdos focados em produtos ou serviços. Essas histórias pessoais têm o poder de tocar o coração, gerar empatia e criar uma conexão emocional que transcende o mero interesse comercial.
As pessoas querem saber de pessoas!
Um lugar onde cada posto de trabalho conta uma história e cada reunião é uma chance de compartilhar sonhos e desafios importa muito mais do que qualquer relatório ou gráfico. No coração do mundo corporativo, pulsa o desejo por conexões verdadeiras, por momentos que nos lembram que, antes de sermos colegas, somos humanos.
Quando uma empresa decide mostrar quem realmente são seus funcionários, ela revela mais do que rostos sorridentes em fotos de perfil. Ela traz a tona as singelas mãos que tremem antes de uma apresentação importante ou os olhos que brilham ao resolver um problema complicado, e os suspiros de alívio ao final de um dia produtivo.
E porque não a busca incessante por um momento de celebração, por mais simples que seja. As verdadeiras histórias que inspiram são as pequenas vitórias pessoais que, sustentam as grandes vitórias.
A mãe que equilibra trabalho e família, o jovem que foi o primeiro da sua família a entrar na universidade, a equipe que ficou até tarde para entregar um projeto, não porque tinham que, mas porque acreditavam nele. O fator humano determina a intensidade com que fazemos as tarefas de nosso dia a dia.
Não são os produtos ou os serviços que nos fazem parar para ler, mas as histórias de superação, de
colaboração, de momentos genuínos de alegria e até de tristeza. São esses relatos que nos fazem sentir parte de algo maior. E são esses relatos pessoais que nos emocionam, nos cativam e nos fortalecem.
Essa humanização no mundo corporativo é a arte de tecer a essência humana no contexto das marcas e das empresas. É criar um espaço onde as pessoas não apenas trabalham, mas vivem, riem e crescem. É entender que, no final do dia, são as histórias que contamos e as emoções que compartilhamos que construirão o legado de uma empresa. E isso, mais do que qualquer produto ou serviço. É de fato o que fica na memória das pessoas.
Por trás dos CNPJ`s há sempre CPF’s com os mesmos receios e anseios que aprendemos a conviver ao longo de todos os tempos.
*André Pimentel, Sócio Diretor da Easy Pricing e apresentador do Podcast PodFaturar