Profissionais farmacêuticos especializados ajudam a evitar o abandono do tratamento com orientações e apoio emocional
Novembro também é o mês marcado pela prevenção e cuidado com o diabetes. A doença, que atinge quase 7% da população brasileira (13 milhões de pessoas), de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, exige além de um tratamento adequado, com o uso de medicamentos, mudança de hábitos e uma vida equilibrada para evitar complicações.
Caracterizada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose e garante energia para o organismo, o diabetes pode causar o aumento da glicemia, e as altas taxas, levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.
Em casos mais graves, pode levar à morte. Apenas no Paraná, o diabetes ocupa a 3ª posição como causa de mortalidade prematura em pessoas de 30 a 69 anos, numa série histórica de 2018 a 2022. Neste cenário, o acompanhamento frequente por parte dos profissionais de saúde torna-se fundamental e um fator vital para que os pacientes não abandonem o tratamento.
É isso que oferece o programa Farmaclin, das Farmácias Nissei, de acordo com a líder farmacêutica Priscila Ramos. Ao procurar um dos profissionais nas lojas da rede, o paciente tem acesso ao esclarecimento da prescrição (receita) e tratamento definido pelo médico.
“Acompanhamos as taxas de controle dos índices glicêmicos e disponibilizamos a realização de exames de rastreabilidade, como Hemoglobina Glicada e Glicemia”, enumera.
Mudanças de rotina exigem preparo emocional
Além das questões de saúde física, a saúde mental dos pacientes que realizam tratamentos contra o diabetes deve ser levada em consideração. Priscila lembra que são inúmeras as dificuldades ligadas à adesão ao tratamento.
“Falamos desde a negação da condição de doente, até o sofrimento e revolta devido às restrições impostas pela alimentação, atividade física e medicamentos”, explica. “A abordagem educativa do acompanhamento não deve se restringir apenas à transmissão de conhecimentos, mas englobar todos os aspectos emocionais, sociais e culturais que influenciam no seguimento do tratamento”, completa.
Estilo de vida saudável
O acompanhamento incentiva o paciente a fazer as mudanças necessárias no estilo de vida. Entre elas, Priscila destaca a prática de atividade física como a mais importante no controle glicêmico.
“Exercícios aeróbicos, como caminhadas, ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina, tolerância à glicose e diminuem a glicemia sanguínea no indivíduo diabético”, exemplifica.
Somado a isso, manter o peso controlado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo são fatores importantes na sua manutenção da saúde. A farmacêutica indica, ainda, manter uma alimentação saudável, com o consumo de frutas e verduras e redução do sal, açúcar e gorduras.
Tratamentos mais comuns
Os principais medicamentos utilizados no tratamento da diabetes são a insulina e fármacos orais, conta a farmacêutica. “A insulina é utilizada para o tratamento da diabetes tipo 1, variedade em que o organismo não é capaz de produzi-la por si só. Neste caso, há necessidade de aplicação diária”, alerta.
Os medicamentos orais utilizados para tratar a diabetes tipo 2 variam em relação ao grau de necessidade de cada pessoa. Trata-se de substâncias que impedem a digestão e absorção de carboidratos no intestino e/ou estimulam a produção de insulina.
Priscila lembra que a doença geralmente vem acompanhada de outros problemas de saúde, que também precisam ser tratados, como obesidade, sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados e hipertensão.