Uso prolongado de telas aumenta depressão em até 72% das crianças

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Smartphones, tablets e computadores são ferramentas importantes para educação dos jovens, mas exigem cuidados de pais e educadores

Uma pesquisa divulgada em 2023 pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que 72% das crianças avaliadas apresentaram aumento nos sintomas de depressão devido ao uso excessivo de dispositivos como smartphones, tablets e computadores. Embora esses aparelhos sejam fundamentais na educação dos jovens, seu uso requer supervisão e atenção por parte dos pais, educadores e profissionais de saúde.

O uso excessivo de telas também afeta o desenvolvimento físico dos jovens, contribuindo para o sedentarismo, obesidade infantil e limitações motoras. Além disso, há impactos psicológicos significativos, incluindo déficits de concentração, atenção e habilidades de resolução de problemas.

De acordo com o Vice-Presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR), Haroldo Andriguetto Júnior, os professores têm percebido que as crianças que convivem com excesso de telas têm menos foco e interação social. “Muitas vezes, as telas têm causado distúrbios de sono, visão e até humor, comprometendo as condições mínimas para que um estudante tenha disposição para aprender em sala”, explica.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, é recomendado que crianças até 2 anos de idade não tenham nenhum contato com telas. Dos 2 aos 5 anos, o máximo recomendado é 1 hora por dia, com supervisão. Dos 6 aos 10 anos, esse tempo pode aumentar para 1 a 2 horas diárias, também com supervisão. Já dos 11 aos 18 anos, o indicado é de 2 a 3 horas por dia, sem pernoite diante das telas.

“Com o uso correto desses dispositivos, eles podem ser ferramentas de estudo. Por meio de plataformas interativas de ensino síncrono e assíncrono, e-books, artigos, e até mesmo da inteligência artificial. Informações temos e teremos cada vez mais, o desafio será buscar e seguir a fonte confiável e atual de dados, bem como eleger a maneira mais ética e eficaz de cruzar estes dados para análises profundas, estudo e aplicação a serviço da sociedade”, explica Haroldo.

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