A atuação do Assistente Social na Transição de Cuidados

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Orientações sobre direitos sociais e previdenciários, licença de trabalho e seguros sociais são alguns dos assuntos de domínio do assistente social no auxílio de pacientes e familiares

As questões de saúde têm como premissa o cuidado multidimensional e, por afetar múltiplas dimensões na vida dos pacientes e seus familiares, o atendimento interdisciplinar se torna imprescindível, inclusive com a atuação do Assistente Social.

A família, amigos e a comunidade são fundamentais em todos os momentos de proteção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. Uma atribuição do Serviço Social na saúde é identificar e fortalecer os vínculos familiares e sociais, na perspectiva de incentivar o usuário e sua rede de apoio a se tornarem sujeitos do processo de cuidados.

Quando a doença afeta a vida de um indivíduo e sua família surgem muitos desafios a serem enfrentados. A hospitalização não isenta o paciente de suas obrigações e contar com um apoio para acessar seus direitos e seguros, impedindo que fatores externos gerem estresse e prejuízos à saúde em um momento tão delicado, é fundamental para o melhor restabelecimento. Por isso o assistente social presta o assessoramento sobre tais questões.

Na Transição de Cuidados, esse profissional tem por objetivo entender o contexto social em que o paciente está inserido, considerando sua trajetória de vida, valores, crenças e preferências, por exemplo, e a partir destas características construir junto com outros profissionais de saúde um plano terapêutico que melhor o atenda. Além disso, a atuação tem como desafio acolher, escutar e dar encaminhamentos às demandas apresentadas pelos pacientes e seus familiares, que podem estar ligadas às dificuldades enfrentadas durante o processo de hospitalização e desospitalização ou a questões cotidianas que ultrapassam ações inerentes à internação.

Um dos principais eixos de trabalho desenvolvido é o atendimento direto ao paciente e sua família. “Através da avaliação social conseguimos realizar a democratização sobre informações por meio de orientações e encaminhamentos quanto aos direitos sociais e previdenciários, em relação ao trabalho em geral (licença) e aos seguros sociais (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores por via Terrestre – DPVAT), entre outros”, declara Thamires da Silva Alves, Assistente Social da YUNA, Especialista em Direitos Humanos e Saúde.

Por conhecer a realidade do paciente, bem como a interferência de seu contexto social em seu processo saúde X doença, além de subsidiar informações que possam auxiliar na atuação dos demais profissionais de saúde, o assistente social planeja e executa ações de acolhimento, garantindo os direitos fundamentais à saúde na instituição, além de organizar o retorno ao domicílio após a alta hospitalar.

“Essas ações visam facilitar e possibilitar o acesso dos pacientes aos serviços mencionados, bem como a garantia de direitos na esfera da seguridade social. Também fazemos parte do processo de educação em saúde com ações socioeducativas e preventivas com temas condizentes com os interesses dos pacientes. Prestamos acolhimento e escuta ativa dos pacientes e familiares, entendendo que o processo de recuperação do paciente e as questões apresentadas às famílias pela responsabilização do cuidado podem gerar questões psicossociais”, esclarece Thamires da Silva Alves.

É importante salientar que as atribuições profissionais perpassam os muros da instituição, auxiliando na qualidade de vida dos atendidos e identificando os dificultadores e facilitadores do processo de saúde.

Os direitos do paciente e deveres dos profissionais de saúde durante a internação

Os direitos dos pacientes devem estar no centro de todo atendimento, garantindo mais segurança e qualidade, tanto em serviços de saúde públicos quanto privados. O objetivo é disseminar a cultura de direitos humanos na saúde e prevenir situações de violação desses direitos, que são garantidos tanto pela Constituição Federal de 1988, como alinhados com o Estatuto do Idoso, Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Esses arcabouços legais preconizam que os pacientes têm o direito de receber informações claras e objetivas sobre o atendimento, os procedimentos e os cuidados que serão ofertados durante o tratamento.
É um dever dos profissionais de saúde fornecerem essas informações de forma adequada, levando em consideração a compreensão e o nível de informação do indivíduo e seus familiares. Já o sigilo profissional é um direito do paciente, que garante que as informações pessoais e de saúde sejam mantidas em segredo pelo profissional que realiza o atendimento. Esse procedimento é unificado em todos os equipamentos de saúde, como hospitais, laboratórios, entre outros.

Segundo a assistente social, também são prestadas informações sobre as questões previdenciárias e sociais que os cidadãos possam ter direito em decorrência de sua situação clínica. Como exemplos, aplicações como benefícios de incapacidade temporária, aposentadoria, benefício de prestação continuada.

“A orientação previdenciária é uma demanda regularmente apresentada pelos pacientes e familiares. Desvelar as dificuldades da relação entre a solicitação de direitos previdenciários junto ao INSS e auxiliá-los até o acesso a seus benefícios e proventos é uma das nossas tarefas. Alguns pacientes não tinham a informação, por exemplo, que a perícia médica do INSS pode ser realizada durante o período hospitalar. Ou, que em alguns casos, pode ser realizada apenas com a apresentação de documentação médica. Socializando essas informações conseguimos facilitar a organização familiar para que seja menos afetada”, completa a profissional.

Sobre a YUNA

A YUNA, especializada em transição de cuidados, oferece suporte completo para pacientes de reabilitação, cuidados paliativos e continuados, atendimento individualizado e assistência transdisciplinar. Mais informações no telefone (11) 3087-3800 ou no site https://yuna.com.br/.

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