“TDAH Levado a sério na escola” pretende impactar mais de 100 educadores das redes públicas e privadas
A Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), em parceria com a Apsen Farmacêutica – promove, no dia 4 de outubro (sábado), em Curitiba (PR), mais uma edição do projeto itinerante “TDAH Levado a Sério na Escola”. A expectativa é capacitar mais de 100 professores e educadores do Ensino Fundamental I e II de escolas municipais, estaduais e particulares da capital paranaense. Desde 2024, a iniciativa já passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, alcançando cerca de 400 instituições e impactando diretamente mais de 700 educadores de todo o país.
Entre os temas em pauta estão o diagnóstico e o tratamento do transtorno, estratégias para apoiar famílias e equipes pedagógicas, além do papel da escola na inclusão e na cidadania de crianças e adolescentes com TDAH. A proposta é fortalecer o ambiente escolar como agente de transformação social, garantindo melhor rendimento acadêmico e desenvolvimento comportamental dos alunos.
“A ideia é difundir informações corretas sobre TDAH em todas as esferas da educação, seja na rede municipal, estadual ou particular. No Brasil, diferentemente do que acontece nos países de primeiro mundo, muitos alunos enfrentam desafios no aprendizado e desenvolvimento pleno devido à falta de informações sobre TDAH. Não há como pensar em educação inclusiva sem considerar que cada aluno aprende em seu próprio ritmo de aprendizagem. As escolas podem, precisam e devem estar capacitadas para identificar os potenciais sinais de TDAH, oferecer suporte pedagógico para professores, alunos e seus familiares. Somente assim, esse contingente de crianças e adolescentes poderá, a partir do diagnóstico e tratamento corretos, ser realmente percebido como sujeitos da inclusão e da cidadania”, explica Iane Kestelman, psicóloga e presidente voluntária da ABDA.
No Brasil, estima-se que cerca de 5% das crianças em idade escolar convivam com o transtorno¹. Quando não diagnosticado ou tratado adequadamente, o TDAH pode causar impacto na vida acadêmica, profissional e social, além de afetar a autoestima e aumentar o risco de problemas de saúde mental.
Diagnóstico
Em crianças, o diagnóstico correto deve ser feito através de uma longa anamnese (entrevista) conduzida por um profissional médico especializado (psiquiatra, neurologista, neuropediatra). A escala SNAP-IV muitas vezes é utilizada para rastreio dos sintomas, mas o diagnóstico deve ser feito após uma avaliação mais ampla em consulta. Muitos dos sintomas abaixo, que se manifestam na infância, podem estar associados a outras comorbidades correlatas ao TDAH e demais condições clínicas e psicológicas2:
- Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas;
- Dificuldade para brincar e manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer;
- Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele;
- Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações;
- Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades;
- Evita ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado;
- Distração com estímulos externos e perda de objetos necessários;
- Esquecimento em atividades do dia a dia;
- Inquietude, fala em excesso e dificuldade de esperar sua vez;
- Entre outros sinais.
Tratamento
O tratamento do TDAH deve ser sempre individualizado e vai depender da idade, do diagnóstico e das dificuldades que a pessoa apresenta em decorrência do transtorno. O tratamento farmacológico é a primeira linha para a maior parte dos casos e pode ajudar muito na melhora dos sintomas e no dia a dia dos pacientes. A medicação aumenta o foco, eleva a concentração, reduz a distração, diminui a hiperatividade e impulsividade, além de melhorar o controle das emoções e o desempenho nas atividades cotidianas.
No Brasil, a atomoxetina, único não-estimulante aprovado para o tratamento do TDAH, tem crescido como opção eficaz, já que não oferece risco de dependência e apresenta boa resposta em pacientes com comorbidades como ansiedade e depressão.
Sobre a ABDA
Fundada em 1999, presidida voluntariamente pela psicóloga clínica, Iane Kestelman, mãe de dois filhos com TDAH, a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) é uma associação de pessoas com TDAH, sem fins lucrativos, com o objetivo de disseminar informações científicas sobre o Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). A entidade também atua para capacitar profissionais de saúde e educação, além de oferecer suporte a pessoas com esse Transtorno e a seus familiares em todo o Brasil. Com foco nas pessoas com TDAH, a ABDA trabalha para garantir inclusão e cidadania plena de todas os indivíduos com TDAH no Brasil, ampliando a educação e o conhecimento da população e da sociedade sobre o assunto. Tanto para os profissionais de saúde ou de educação, a meta é sempre a mesma: oferecer capacitação para que cada vez mais o transtorno possa ser identificado, diagnosticado e tratado corretamente.
Sobre a Campanha TDAH Levado a Sério
O objetivo do projeto TDAH Levado a Sério é promover a conscientização do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), combatendo o preconceito e a desinformação. Dentro do projeto, a iniciativa do TDAH Levado a Sério na Escola tem como missão disseminar informações relevantes para os educadores e a comunidade escolar, valorizando o papel fundamental do educador e da escola na jornada dos alunos com o transtorno. Um ambiente preparado beneficia não só o aluno com TDAH, mas melhora a dinâmica de toda a sala de aula, promovendo a harmonia e o engajamento.
Mais informações: https://tdahlevadoaserio.com.br/ e https://tdah.org.br/
Serviço:
Ação: TDAH Levado a Sério na Escola – Etapa Curitiba(PR)
Data: 4 de outubro (Sábado
Local: Hotel Rockefeller By Slaviero
Horário: a partir das 8h30





















