BNDES e Philips Morris Brasil destinam até R$ 8,88 milhões a projetos de restauração ecológica da Mata Atlântica

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José Fernando Ogura/AEN-PR

Recursos apoiam recuperação de áreas degradadas no Sudeste do Paraná, contemplando 21 municípios e 25 unidades de conservação

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Philip Morris Brasil Indústria e Comércio Ltda lançaram edital da iniciativa Floresta Viva que destina até R$ 8,88 milhões a projetos de restauração ecológica, fortalecimento da cadeia produtiva de restauração e formação de corredores ecológicos de Mata Atlântica, na mesorregião Sudeste do Paraná. O edital contempla 21 municípios e 25 unidades de conservação, incluindo áreas especiais de uso regulamentado.

A área selecionada para a implementação dos corredores ecológicos foi escolhida com base no mapeamento de áreas estratégicas para a conservação e restauração da biodiversidade do Paraná. O Floresta Viva investe recursos do Fundo Socioambiental do BNDES na restauração ecológica e na preservação da biodiversidade brasileira.

Para este edital serão destinados R$ 4,44 milhões do BNDES, que serão completados com recursos da Philip Morris Brasil, no mesmo valor, em matchfunding. O edital é conduzido e operacionalizado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), organização da sociedade civil de interesse público responsável pela gestão do Floresta Viva.

Os projetos selecionados devem executar ações de restauração produtiva, com a implementação de sistemas agroflorestais, e de atividades relacionadas ao fortalecimento das cadeias produtivas associadas à restauração para formação de corredores ecológicos na região. Além disso, devem considerar o contexto socioeconômico da região e conciliar os benefícios ecológicos e de manutenção dos serviços ecossistêmicos com a geração de emprego, renda e segurança alimentar.

“Este edital visa apoiar ações de restauração ecológica para a formação de corredores ecológicos na mesorregião do Sudeste do Paraná, uma região de Floresta de Mata Atlântica com alto índice de degradação ambiental, e contribui para a conservação da biodiversidade, a manutenção de serviços ecossistêmicos e o bem-estar das comunidades locais”, ressalta a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

“A colaboração com o programa Floresta Viva é mais um grande passo da Philip Morris Brasil no âmbito da sustentabilidade e da conservação ambiental, alinhando-se ao nosso compromisso de promover impacto líquido positivo na natureza até 2050. Essa parceria, além de contribuir para a restauração das florestas brasileiras, fortalece nosso laço com as comunidades locais”, avalia o diretor de Leaf da Philip Morris Brasil,  Roberto Schloesser.

O edital apoiará projetos de, no mínimo, 200 hectares e que abrangem a restauração ecológica do bioma em áreas nos municípios de Ipiranga, Ivaí, Guamiranga, Prudentópolis, Imbituva, Teixeira Soares, Fernandes Pinheiro, Irati, Rebouças, São João do Triunfo, Rio Azul, São Mateus do Sul, Antônio Olinto, Mallet, Paulo Frontin, Paula Freitas, União da Vitória, Porto Vitória, Cruz Machado, Bituruna e General Carneiro.

“A restauração ecológica é crucial para o Brasil”, pondera o superintendente de Programas do Funbio,  Manoel Serrão. “Esse investimento contribui para o futuro da conservação no país. O Funbio aplica toda sua experiência de 28 anos na gestão de projetos socioambientais para que a iniciativa Floresta Viva engaje os setores público e privado e as comunidades locais nos compromissos nacionais de combate e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e na melhoria da qualidade de vida das comunidades locais”.

 Bioma – A Floresta Atlântica é o terceiro maior bioma da América do Sul, abrangendo cerca de 13% do território brasileiro. Apesar disso, essa região se encontra altamente fragmentada, sendo composta por paisagens com habitats de baixa diversidade em manchas muito pequenas e isoladas.

A implementação de corredores ecológicos surge como forma de mitigar essa fragmentação. Os corredores são faixas de vegetação que ligam fragmentos florestais ou unidades de conservação separados por interferência humana, promovendo o fluxo genético entre comunidades vegetais e animais e garantindo a manutenção das funções e serviços ecossistêmicos.

BNDES Fundo Socioambiental – Os recursos do Fundo Socioambiental do BNDES são não reembolsáveis, aplicados nas áreas de geração de emprego e renda, saúde, educação e meio ambiente, priorizando projetos que proporcionem benefícios na condição de vida da população de baixa renda.

Funbio – O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) é um mecanismo financeiro nacional privado, sem fins lucrativos. Ao longo dos 28 anos que celebra em 2024, a organização trabalha em parceria com os setores governamental, empresarial e com a sociedade civil para que recursos estratégicos e financeiros sejam destinados a iniciativas efetivas de conservação da biodiversidade. Foram mais de 500 projetos que beneficiaram número superior a 400 instituições em todo o país, desde sua criação em 1996.

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