A advogada da MABE destaca a importância de as empresas cumprirem os direitos dos consumidores para evitar grandes problemas
Depois da pandemia, o comportamento do consumidor mudou e muito. Segundo uma pesquisa feita pela consultoria Ebit/Nielsen, em parceria com o Bexs Banco, o e-commerce do Brasil cresceu, em 2020, 41% e ganhou novos 13 milhões de consumidores. E, depois disso, as projeções só crescem.
Desse modo, as empresas e os consumidores, precisam ficar atentas às regras relativas ao consumo digital, como por exemplo, a lei do E-commerce, que regulamentou o Código de Defesa do Consumidor (CDC) sobre a contratação no comércio eletrônico, e o Decreto nº 10.271/2020, que dispõe sobre a proteção dos consumidores nas operações de comércio eletrônico.
“A função do CDC e das regras que protegem o consumidor é garantir que a parte mais fraca dessa relação esteja protegida de eventuais abusos”, declara Martina Hanna do Nascimento El Atra, advogada e Coordenadora do Departamento de Direito Digital e Privacidade de Dados da MABE Advogados Associados. Seguindo essa premissa, a advogada destaca a importância das empresas respeitarem essas regras para evitarem ações judiciais, reclamações de consumidores e eventuais passivos.
Mas quais são essas regras da Lei do E-commerce e do Decreto nº 10.271/2020?
A principais regras são:
- Apresentar aos consumidores informações claras a respeito do produto ou serviço comercializado, ou seja, letras miúdas não são autorizadas;
- Oferecer aos consumidores um atendimento facilitado, como por exemplo, manter diversos canais de contato por e-mail, WhatsApp ou telefone;
- Respeitar o direito dos consumidores a se arrependerem de compras realizadas fora do estabelecimento comercial (direito de arrependimento é a garantir do consumidor desistir das compras feitas fora do estabelecimento comercial, por exemplo, compras por telefone ou pela internet, sem apresentar qualquer motivo, dentro do prazo de 7 dias); e
- Apresentar aos consumidoresum sumário do contrato antes de qualquer contratação de serviço ou compra de produto.
Além disso, o que as empresas precisam para ofertar produtos ou serviços?
É preciso que toda empresa disponibilize de forma fácil e clara as seguintes informações:
- Endereço físico e eletrônico da empresa e demais informações necessárias para localização e contato;
- Informações completas e essenciais sobre todos os produtos ou serviços comercializados, incluindo os eventuais riscos à saúde e a segurança dos consumidores;
- Os valores ou quaisquer despesas adicionais, como taxa de entrega, sempre de forma imediata;
- Todas as condições da oferta, como modalidades de pagamento, disponibilidade, forma e prazo para execução do serviço ou entrega do produto; e
- Informações claras sobre quaisquer restrições para aquisição do produto ou serviço.
Portanto, toda e qualquer empresa que estiver comercializando produtos e serviços no ambiente digital que não esteja cumprindo as regras acima destacadas estão assumindo um passivo e possibilitando que os consumidores reivindiquem os seus direitos.
Os consumidores digitais paulistas podem fazer valer os seus direitos por meio das seguintes plataformas:
- Reclamação no Procon de SP – https://www.procon.sp.gov.br/espaco-consumidor/;
- Reclamação no Consumidor.gov: https://consumidor.gov.br/pages/principal/?1678745155689
- Reclamação no Reclameaqui – https://www.reclameaqui.com.br/reclamar/
Mais informações sobre Direito do Consumidor podem ser obtidas em https://mabeadvogados.com.br/.
Fonte: Siegel Press