Como as meias compressivas podem ajudar a terceira idade
No Dia dos Avós(26/07), a atenção à saúde dos idosos se torna ainda mais relevante. Dentre os diversos cuidados necessários para essa faixa etária, a prevenção e o tratamento de problemas vasculares ganham destaque. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), problemas como a insuficiência venosa são comuns entre os idosos, especialmente após os 70 anos, quando 70% das pessoas apresentam varizes.
A idade avançada, associada à perda de fibras musculares e diminuição da massa muscular, torna os idosos mais suscetíveis a problemas vasculares. “Além disso, condições como obesidade e sedentarismo agravam o risco. No entanto, mudanças de estilo de vida, incluindo exercícios físicos regulares e uma dieta equilibrada, podem ajudar a prevenir o desenvolvimento de insuficiência venosa”, diz a enfermeira Claudioneia Dadas.
Um dos tratamentos conservadores mais eficazes para a insuficiência venosa é o uso de meias compressoras. Estas meias, prescritas por um angiologista, são fundamentais para melhorar a circulação sanguínea nas pernas, aliviando sintomas e prevenindo complicações. As meias de compressão são projetadas para exercer pressão graduada, sendo mais apertadas no tornozelo e diminuindo a compressão em direção ao joelho ou coxa, o que facilita o retorno venoso ao coração.
“A escolha da meia compressora envolve vários fatores, incluindo o grau de compressão, a altura da meia e o tipo de tecido. Existem diferentes níveis de compressão, que variam de leve (15-20 mmHg) a alta (30-40 mmHg), sendo cada nível indicado para situações específicas. Por exemplo, compressão de 18-20 mmHg é adequada para a prevenção de trombose e inchaço em pessoas sem problemas circulatórios graves, enquanto compressões mais altas são indicadas para casos de insuficiência venosa avançada ou após procedimentos cirúrgicos”, conta Claudioneia.
Além disso, a altura da meia também é um fator crucial. Meias até a panturrilha (3/4) são geralmente suficientes para a maioria dos casos de prevenção e controle de sintomas. No entanto, meias que cobrem até a coxa (7/8) ou que são do tipo meia-calça podem ser necessárias para compressão adicional em trajetos específicos das veias, como após cirurgias ou escleroterapia.
Dadas também comenta que o tecido da meia também influencia seu conforto e eficácia. Tecidos mais elásticos são preferidos para uso diário devido ao maior conforto, enquanto tecidos menos elásticos oferecem maior durabilidade e melhor função compressiva, sendo indicados para tratamentos mais complexos.
Diante do envelhecimento populacional, é crucial promover ações preventivas e tratamentos eficazes para insuficiência venosa, visando melhorar a qualidade de vida dos idosos e reduzir os custos associados ao tratamento médico e cirúrgico. As meias compressoras representam uma ferramenta valiosa nesse contexto, proporcionando alívio e prevenção para milhões de pessoas.
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Claudioneia Dadas de Oliveira
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