Cuidados paliativos e Caixa de Memórias: a importância de preservar a biografia dos entes queridos por meio de objetos de valor afetivo

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Os pertences de pacientes são entregues às famílias enlutadas como forma de preservar a sua biografia por meio da ressignificação ao lidar com a morte

Um dos diferenciais da YUNA é a abordagem transdisciplinar para os cuidados paliativos. Uma equipe especializada de profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros, acompanha toda a trajetória do paciente.

“A abordagem deve priorizar a humanização do atendimento, buscando aliviar a dor e minimizar os impactos psicológicos”, explica Gracy Kelly da Silva Oliveira, psicóloga da YUNA.  Contudo, “o foco principal é proporcionar dias melhores para cada paciente. Para isso, o trabalho se volta para a qualidade de vida e o seu conforto do paciente, conforme suas escolhas e desejos, até o último momento”.

O luto é um processo emocional de adaptação individual que ocorre a partir de uma perda significativa. Nesse momento são vivenciados sentimentos de dor, angústia e desesperança ao lidar com a ausência do ente querido.

Com o intuito de preservar a biografia dessa pessoa, as instituições de transição e cuidados paliativos, como a YUNA, utilizam a Caixa de Memórias como valiosa ferramenta.  

A Caixa de Memórias reúne os pertences com valor afetivo, como fotos, relógio, celular, livros, perfumes e cartas, por exemplo, de forma mais humanizada, que são entregues aos familiares enlutados, potencializando o valor afetivo dos objetos, transformando a experiência da perda e favorecendo a elaboração através do cuidado. Essa ação só é realizada mediante a validação da família, que seleciona os objetos mais marcantes ou significativos para a pessoa.

Além dos pertences, a caixa é entregue à família com uma mensagem, para atender a demanda emocional de acolhimento aos familiares, gerando identificação e significação do sofrimento para além da instituição de saúde.

“Geralmente, os pertences são entregues em sacolas, muitas vezes passando uma imagem distante e nada afetuosa do cuidado, o que contribui como um dificultador da elaboração da perda e um simbólico negativo ao luto, uma vez que é um processo individual já doloroso das lembranças do ente querido”, esclarece Gracy Kelly da Silva Oliveira, psicóloga da YUNA.  

De acordo com a psicóloga, a Caixa de Memórias é uma forma de favorecer a reorganização emocional, por meio dos sentimentos positivos representados pelo carinho e cuidado disposto aos pertences, usando do suporte hospitalar ofertado nos últimos cuidados como validação das necessidades supridas e a valorização da dignidade para além da vida.

“É fundamental para o enlutado o desenvolvimento de estratégias que deem novo sentido ao momento do luto. Por meio da validação do seu relacionamento com o ente querido será possível acolher o sujeito no momento vivenciado. A Caixa de Memórias dá início a uma ressignificação ao lidar com a morte. É entregue aos familiares durante uma conversa respeitosa, estimulando que sejam guardados o que for especial e significativo emocionalmente daquele vínculo, fortalecendo as memórias afetivas”, completa a psicóloga.

Sobre a YUNA

A YUNA, especializada em transição de cuidados, oferece suporte completo para pacientes de reabilitação, cuidados paliativos e continuados, atendimento individualizado e assistência transdisciplinar. Mais informações no telefone (11) 3087-3800 ou no site  https://yuna.com.br/.

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